MEU TRABALHO NA BAYER

Como a pandemia mudou meu trabalho em MSL. E em casa!

Quando o ano começou, ninguém poderia imaginar como seria, nem eu!

Estamos passando por uma fase difícil e atípica, com muitas incertezas e dificuldades, que eu sempre encarei como oportunidade de crescimento.

Um homem sorridente e uma criança pequena com cabelos escuros sentam-se juntos em um sofá. A criança está vestindo um moletom com capuz de cor clara com padrões de laço.

 

Há dois anos resolvi fazer uma transição em minha carreira e, após quase 15 anos de experiência hospitalar, ingressei na Bayer para dar início a um novo desafio: atuar como MSL na oncologia. MSL, aliás, significa Medical Science Liaison, que são os especialistas que fazem a ponte explicativa e técnica de produtos a profissionais de saúde.

 

Uma nova trajetória, um caminho incerto, mas hoje tenho a convicção de que foi uma das melhores decisões da minha vida. Aliás, as mudanças também aconteceram na minha vida pessoal, pois exatamente nesse período me tornei pai pela primeira vez. Muitas novidades, muitas descobertas, o nascimento de uma carreira e de uma criança... e dois anos depois, ingressamos, ainda que involuntariamente, no home office. Entretanto, dessa vez com uma companheirinha: a Antonella!

 

Em meados de março, a pandemia se instalou no País e afetou a rotina da nossa família em todos os sentidos. Antes, fazia pelo menos duas viagens por mês e normalmente ficava fora quase a semana toda. Agora estava restrito. Minha esposa, que é coordenadora de enfermagem em um hospital de São Paulo, apesar de ter uma rotina administrativa, está diretamente ligada à assistência hospitalar e estava sempre com medo de trazer o vírus. A Antonella, que ficava algumas horas na casa dos avós e depois ia para o berçário, passou a ter apenas contato conosco.

 

Junto com as mudanças, muitas preocupações surgiram em casa. Minha esposa talvez tenha sido a que mais sofreu. O fato de estar em um ambiente que poderia ser um foco de contaminação fez com que ela tivesse que fazer coisas que parecem simples, mas extremamente difíceis para a relação entre mãe e filha. Uma delas era que, ao chegar em casa após o trabalho e antes de receber o carinho da Antonella, ela desviava para tomar banho. Isso parece obvio para nós, mas para uma criança não é. Quase quatro meses se passaram e ainda hoje, mesmo ela estando mais adaptada, de vez em quando ainda chora para abraçar a mãe.

 

A Antonella foi uma criança muito desejada por nós, e eu, um pai presente. Sempre dei comida, banho, troco fraldas, brinco, ensino, faço atividades escolares, etc. Enfim, sempre dividimos ao máximo as tarefas por aqui, mas, em razão da quarentena, a Alessandra, minha esposa, tem passado mais horas no hospital e eu precisei assumir as atividades da casa.

 

Todos os dias, minha rotina começa bem antes da primeira reunião. Levanto, preparo o café e o almoço da Antonella, deixo o máximo de coisas prontas para o período da manhã. Geralmente quando ela acorda, já participei de pelo menos uma reunião, e depois entre uma e outra atividade do trabalho, paro uns minutos para interagir com ela. Após o almoço, tento organizar as coisas para o período da tarde: cortar frutas, participar de reunião, dar banho na Antonella, ir para outra reunião, pôr a Antonella para dormir, entrar em mais reunião... e ainda tem as atividades domésticas. E eu já disse reunião?

 

Por mais difícil que pareça, sou imensamente grato por tudo que está acontecendo. Como disse no início, as dificuldades são oportunidades. A cada dia, sou mais grato por pertencer a uma empresa que me ajuda a tornar essa nova realidade possível, permitindo que eu exerça minhas atividades em home office. Talvez se eu não tivesse encarado o desafio de mudança há dois anos, isso não seria possível.

 

Nessa nova realidade, tenho a oportunidade de tornar-me um pai e marido melhor, tentando sempre fazer o melhor pela minha família. E estar junto a elas é impagável. Tenho a oportunidade de tentar ser mais paciente, principalmente quando a Antonella e minhas duas outras filhinhas de quatro patas (Kami e Miki) fazem artes! Além disso, tenho uma grande chance de tornar-me um profissional melhor, já que o tempo todo tenho que me desafiar para cumprir minhas atividades com tantos outros desafios.

 

Tenho certeza de que tudo isso vai passar e o que ficará serão pessoas muito melhores do que fomos ontem!

paulo-villa.jpgPaulo Villa atua como MSL de oncologia na Bayer há dois anos. É pai da Antonella, marido da Alessandra e um novo adepto do home office

4 min read