MUNDO AGRO

Como as mulheres podem ter mais voz e poder?

Empresárias e especialistas compartilharam experiências e valores, e reforçaram a importância das redes de apoio para que as mulheres conquistem mais espaço na sociedade.

A voz da mulher est sendo impulsionada em vários setores, com a valorização de redes de apoio, troca de experiências e colaboração entre mulheres. No agronegócio, não é diferente. O papel feminino no campo está ganhando visibilidade e se fortalece por meio de importantes iniciativas, como o Congresso Nacional de Mulheres do Agronegócio (CNMA).

Mulher com chapéu de palha e avental listrado segura espigas de milho em um campo, sorrindo.

A 5ª edição do evento, que teve patrocínio da Bayer, foi realizada entre os dias 26 e 29 de outubro em plataforma online. O CNMA reuniu palestrantes e mulheres de todo o Brasil, para debater temas sobre o agronegócio e a liderança feminina. Durante o congresso, a Bayer mostrou que está engajada na luta das mulheres do agronegócio, tendo a equidade de gênero como um dos importantes compromissos de inclusão e a diversidade da empresa.

 

Entre os destaques da programação, a Bayer realizou o debate “Liderança e Empreendedorismo Feminino”, moderado por Malu Nachreiner, que é presidente da Bayer CropScience no Brasil. Malu comentou sobre os valores da liderança, independentemente das condições locais. “A gestão e a liderança feminina têm sempre os mesmos desafios, seja no agronegócio ou fora dele. Quando o ambiente de trabalho é produtivo, ele tem um impacto na sociedade. O papel de um líder é impactar o mundo. Somos todos homens e mulheres de negócios, e nada resiste ao bom trabalho”, afirmou a moderadora.

 

A convidada Adriana Aroulho, que é presidente da SAP Brasil, falou sobre as dificuldades ao longo da carreira, por ser uma mulher atuando em área de tecnologia predominantemente masculina e o preconceito por ser jovem, já que, quando ela assumiu o primeiro cargo de liderança, ela tinha apenas 26 anos. Ela contou como venceu desconfianças e apostou nos estudos para se destacar. “Quando as pessoas percebem que você está ali genuinamente para ajudar e demonstra empatia, essas coisas são vencidas, sempre se desafiando a entregar a melhor versão de si mesmo.”

 

A presidente da rede de hotéis Blue Tree, Chieko Aoki, falou especialmente sobre valores e cultura empresarial, desenvolvimento de equipes, o papel da líder e a importância do acolhimento. “Cada vez mais, estamos precisando de generosidade nas nossas relações, ter os valores muito apurados e viver com leveza”, afirmou Chieko durante o debate. A CEO da RM Consulting Consumer Goods, Rachel Maia, destacou a importância dos relacionamentos e da educação, para fortalecer a liderança feminina. “Sucesso, para mim, é impactar a vida das pessoas, em especial as mulheres. Não se sintam sozinhas, procurem redes de apoio. Precisamos de ações afirmativas para trazer equidade”, disse Rachel.

 

A Bayer também promoveu o debate “O olhar feminino sobre a inclusão e diversidade”, que foi mediado pela Diretora de Recursos Humanos da Bayer Brasil, Elisabete Rello. “Temos lutas e muitos desafios para serem superados”, afirmou a mediadora. A consultora Andrea Schwarz relatou sua experiência como paraplégica. “Diversidade é a nossa maior riqueza, e inclusão é o maior desafio. A deficiência trouxe um desafio para a minha vida e escolhas que valeram a pena. Sou uma ativista batalhadora por espaço. O meu lugar é onde eu quiser estar”, disse.

 

As convidadas debateram sobre empoderamento feminino, preconceitos e desafios da sociedade. “Empresas inteligentes são aquelas que pensam de maneira humanitária, para que todo mundo se sinta bem e possa dar o seu melhor, com inovação, criatividade e toda a mudança de mindset que a gente quer”, afirmou Maitê Schneider, mulher trans que é influenciadora Linkedln Top Voice. A CEO da ONG Mete a Colher, Renata Albertim, enriqueceu o debate, contando sobre a atuação da organização e o combate à violência contra a mulher. “Sejam a rede de apoio de vocês, não se julguem e se apoiem sempre”, afirmou Renata.

Mulheres do Agro

Durante o CNMA, a Bayer também anunciou as vencedoras da terceira edição do Prêmio Mulheres do Agro, premiação realizada em parceria com a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) para reconhecer mulheres que tenham desenvolvido uma gestão inovadora e sustentável. Conheça as ganhadoras:

 

Pequena Propriedade:
  1. Mara Motter (Três Arroios, Rio Grande do Sul)
  2. Simoni Tessaro Niehues (Serranópolis do Iguaçu, Paraná)
  3. Tatiele Dalfior Ferreira (Governador Lindenberg, Espírito Santo)
Média Propriedade:
  1. Clarisse Liana Weber Volski (Pitanga, Paraná)
  2. Michelle Rabelo de Morais (Pato de Minas, Minas Gerais)
  3. Kamila Laida Guimaraes Aguiar (Rio Verde, Goiás)
Grande Propriedade:
  1. Luciana Dalmagro (Ribeirão Preto, São Paulo)
  2. Simone Felisbino (Rio Verde, Goiás)
  3. Flávia Montans (Rio Verde, Goiás)

Tags: mulheres, agronegócio, liderança feminina, empoderamento, inclusão, diversidade.

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