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Como desenvolver uma paternidade ativa?

Celebre o protagonismo das novas gerações de papais, que desempenham um papel mais participativo na criação dos filhos.

Contribuir para a geração de um bebê, guiar os seus primeiros passos, trocar fraldas e ensinar a andar de bicicleta está entre alguns exemplos das delícias de ser pai. A paternidade vai muito além de assinar uma certidão de nascimento. É preciso doar tempo, amor e muita dedicação diária para criar laços afetivos na família, sem contar o jogo de cintura para driblar birras e aborrecimentos que surgem ao longo do caminho.

Um homem ajuda uma criança sorridente a andar de bicicleta em uma trilha de terra em uma área rural.

 

No Dia dos Pais, em 9 de agosto, a Bayer parabeniza todos os papais pelo importante papel na criação dos filhos. A paternidade está se transformando muito ao longo do tempo, e os debates atuais sobre equidade de gênero, masculinidade e o papel do homem contribuem para moldar as novas gerações de papais, a cada dia, cada vez mais cuidadosos e presentes na rotina dos filhos.

 

Paternidade ativa

Numa época em que os pais ainda tinham uma função bem definida de provedor e os cuidados com os filhos sobrecarregavam as mães, temos exemplos de homens que decidiram fazer diferente. Há duas décadas, Márcio Hoffmann, de 51 anos, era um homem à frente de seu tempo, sendo rotulado de superpai. “Desde que minha filha nasceu, sempre fomos muito conectados. Sempre fui muito presente em todos os momentos e quis participar de todas as experiências, como trocar fraldas. É preciso dividir tarefas e fazer com que o trabalho não fique pesado para uma só pessoa”, conta.

 

Márcio Hoffmann, cuja filha atualmente tem 20 anos, conta que conseguiu se dedicar à paternidade ativamente, porque teve o apoio da família e o próprio pai como um bom modelo. “A inspiração veio do meu pai, que era médico pediatra e cuidava bem de todos da família. Eu aprendi com ele a ter um zelo pela família desde menino. Na minha época, tinha a questão do machismo, mas como eu tive uma educação diferenciada, com certeza foi mais fácil ser pai”, lembra.

 

Para ele, uma das coisas mais importantes é buscar flexibilizar a rotina para ter mais contato com os filhos. Hoffmann trabalha na Bayer desde os 26 anos e conseguiu conciliar uma paternidade ativa com a construção de sua carreira, trabalhando atualmente como Consultor de Relações com a Comunidade, no Rio de Janeiro. Um dos esforços foi passar um período saindo do trabalho na hora do almoço, com o intuito de levar a filha para a escola, optando por trocar o almoço por um lanche, para ter mais tempo e cuidado com a criança.

 

Segundo ele, as escolhas que fez ao longo da vida valeram a pena para construir uma relação sólida com a filha. “Eu fazia sopas, cuidava da alimentação dela. Levava e buscava da escola, participava de todos os eventos escolares. Os pais precisam dar atenção aos filhos, saber como foi o dia deles, dizer que ama, mostrar que se importam. Saber ouvir e perguntar sempre são as melhores competências na paternidade”, opina Hoffmann.

 

Pai solo

Os laços afetivos com a filha precisaram se fortalecer ainda mais depois de uma fatalidade. Há dois anos, infelizmente Márcio perdeu a esposa, que foi vítima de um tumor no pulmão. Foi necessário assumir novas tarefas, consolar a filha e construir uma nova rotina para a família. Ele precisou ressignificar o seu papel de pai, e novamente buscar ser ainda mais presente e participativo. “Passei a exercer os dois papéis, tive que aprender a ser pai e ser mãe”, afirma ele.

 

Entre as mudanças, ele aprendeu a desenvolver conversas mais íntimas com a filha e orientar sobre sexualidade, por exemplo. Surgiu até mesmo a demanda de fazer compras em shoppings e opinar sobre roupas e calçados. “No início, foi difícil para mim, mas, ao longo desse processo, percebi que era importante para ela que eu opinasse. Minha filha passou a se sentir mais segura e confortável”, lembra. “Acho que o mais importante é essa interação. Hoje eu até já sei escolher sapato e roupa para ela, porque já conheço bem o gosto da minha filha.”

 

Aprenda com os erros

Até mesmo um homem com 20 anos de experiência de paternidade na bagagem pode passar por desafios. Então, para os pais de primeira viagem ou aqueles que têm dúvidas sobre como desenvolver a paternidade ativa, Márcio recomenda não ter medo de errar. “Se fez algo errado, tente de novo e busque se divertir com isso. Muitas vezes, o pai jovem está imaturo, vai passar por ensinamentos e crescer junto com os filhos”, recomenda.

 

Além de celebrar o Dia dos Pais, a Bayer apoia iniciativas de inclusão e diversidade, valorizando a equidade de gênero, e ações que suportam a maternidade e a paternidade. Uma novidade da empresa foi a aprovação do auxílio-creche para os pais colaboradores da empresa, que passaram a ter direito ao benefício em janeiro de 2020.

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