Como times ágeis favorecem a inovação na Bayer?
Metodologias modernas reorganizam os fluxos de trabalho e permitem acelerar a criação de soluções centradas nos clientes.
A Bayer tem uma história de mais de 150 anos se destacando nas áreas de saúde e nutrição. A companhia sempre está preparada para as mudanças nos mercados, provando que a tradição de um negócio sólido pode combinar bem com inovação. Um exemplo disso é que atualmente a empresa está acelerando a sua jornada de transformação digital, promovendo a reestruturação de processos de trabalho.
Aliado a isso, o movimento valoriza talentos e promove uma mudança cultural dentro da empresa. “A transformação digital diz muito mais sobre pessoas e cultura do que realmente sobre tecnologia. É sobre uma mudança de mentalidade das pessoas, com o uso de dados inteligentes para tomar decisões”, opina Vanessa Ginez, Gerente de Estratégia Digital Comercial da Bayer CropScience na América Latina.
A companhia está vivenciando um momento transformador, em que gradativamente passa a adotar metodologias ágeis para reinventar a organização de times e fluxos de trabalho. Segundo Vanessa, a Bayer iniciou a adoção de metodologias ágeis em 2018 na área de agronegócio, a divisão Crop Science da companhia.“Estabelecemos um time paramelhorar uma ferramenta de venda e, a partir de então, começamos também a fazer muitas experimentações em áreas como marketing, experiência do cliente e excelência operacional”, lembra Vanessa.
Atualmente, a empresa emprega as metodologias Scrum e Kanban no desenvolvimento de projetos e está integrando equipes para amadurecer o aprendizado das metodologias. “Hoje temos cerca de nove times ágeis trabalhando no desenvolvimento de soluções, ou pensando em novos modelos de negócios e criamos comunidades de squads para a troca de experiências, lições aprendidas e melhores práticas”, diz Vanessa.
Como os times ágeis da Bayer trabalham?
O foco dos novos fluxos de trabalho é transformar a cultura organizacional, com melhorias contínuas e atuação mais centrada em satisfação do cliente. “Um dos maiores benefícios dos métodos ágeis é o tempo de entrega de soluções na perspectiva do cliente. O ciclo é extremamente reduzido em comparação aos métodos tradicionais, e isso é um atrativo que faz toda a diferença. Os métodos ágeis conseguem colocar o cliente no centro da discussão”, afirma Fernanda Eduardo, Head de Digital e Inovação na Bayer Brasil.
O mindset (modelo mental) está mudando dentro da Bayer. As metodologias ágeis reorganizam estruturas e permitem que o trabalho flua melhor. E um exemplo de como a Bayer está viabilizando as mudanças é o LifeHub São Paulo, o primeiro hub de inovação da Bayer localizado no Brasil. “O LifeHub São Paulo vai habilitar os nossos colaboradores nesse mindset digital e metodologias ágeis. Teremos estrutura e organização para apoiar os nossos colaboradores”, diz Fernanda. Leia mais: 5 motivos para conhecer o LifeHub da Bayer.
Como resultado desse cenário, os colaboradores se tornam mais produtivos, em um ambiente que abre mais espaço para a criatividade e a inovação. “Buscamos entregar valor para o cliente de forma ágil com times autogerenciáveis e uma dinâmica de troca de informação intensa”, conta Vanessa. Segundo ela, uma das inspirações são as empresas que já nasceram digitais, como iFood, Spotify, Livelo, cujo trabalho atende rapidamente às demandas do consumidor final. “O objetivo dos times ágeis é criar soluções viáveis. A gente realiza pesquisas, faz benchmarking, roda alguns pilotos e provas de conceito, para validar hipóteses”, diz Vanessa Ginez.
Uma das principais características das metodologias ágeis é promover melhorias contínuas nas empresas. A metodologia Scrum é uma velha conhecida do mercado de desenvolvimento de softwares, que pode ser aplicada com sucesso em outros segmentos. Resumidamente, a metodologia Scrum orienta os times, criando ciclos de tarefas e feedback, em um processo flexível que permite ajustes de planejamento ao longo do projeto. “A aplicação da metodologia Scrum permite uma melhor comunicação e organização dos times”, diz Vanessa.
Passo a passo
Tudo começa com uma lista de necessidades ou problemas do Product Owner, um colaborador da Bayer que está em busca de uma solução. A lista é chamada de Product Backlog, que se trata de uma lista de demandas priorizadas. A partir daí, o time ágil inicia o planejamento do primeiro ciclo de entrega, que tem duração de uma a quatro semanas.
Um dos integrantes é chamado de Scrum Master, ou seja, a figura responsável por remover quaisquer obstáculos que sejam levantados pela equipe durante as reuniões. Segundo Vanessa, o Scrum Master é um facilitador, que inclusive pode ser um consultor externo convidado para auxiliar em um projeto. “É a pessoa que tem conhecimento sobre o framework e competência para fazer a facilitação do processo do começo ao fim, para que o time consiga vencer barreiras e evoluir”, explica Vanessa.
Os ciclos de entregas geralmente são chamados de sprints. Outras terminologias bastante usadas são sprint planning meeting, que define as reuniões de planejamento dos sprints e daily scrum, que significa reuniões diárias de acompanhamento das tarefas. Essas reuniões diárias são encontros rápidos e objetivos, para atualizar o status do projeto, expor barreiras existentes e aproximar o time.
Segundo a gerente de Estratégia Digital, a Bayer também utiliza uma ferramenta chamada Jira, que facilita o monitoramento e a organização das atividades. “A gestão visual é muito importante para dar visibilidade e transparência de tudo que está acontecendo para todo o time”, diz ela.
Ao fim de cada ciclo de atividades, ocorrem ainda o sprint review meeting e sprint retrospective meeting, que são reuniões específicas para a apresentação de resultados e feedbacks que vão orientar as próximas etapas do projeto. O trabalho é configurado em ciclos e feedback intenso.
De acordo com Vanessa, os times estão se adaptando ao método de trabalho e registrando grandes avanços. A aquisição da Monsanto pela Bayer colaborou para o amadurecimento dessas iniciativas e trouxe novas experiências, conforme relatou Vanessa. “Herdamos times que trabalham com tecnologia ágil há mais tempo”, conta ela.
Atualmente, a cultura ágil se destaca especialmente na Climate FieldView, parte da Bayer que nasceu em ambiente digital e serve de modelo para a organização. Pela natureza da área, que oferece uma plataforma digital para agricultores monitorarem plantações, o modelo de negócio já é dinâmico e ágil. “A Climate dialoga muito com startups e firma parcerias para oferecer soluções integradas”, diz Vanessa.
Agricultores ágeis
Você sabia que as metodologias de sucesso comprovado na indústria também podem ser aplicadas em fazendas? Existem várias metodologias, como Design Thinking, Experience Based Approach e UX (User Experience), que podem auxiliar os produtores rurais a identificar e solucionar os entraves na produção agrícola.
De acordo com Monica Brehmer, líder de Transformação Digital para Sementes de Vegetais e Saúde Ambiental da Bayer na América Latina, as metodologias de inovação são ferramentas poderosas para direcionar qualquer negócio a encontrar sua proposta de valor.
“São diversos métodos possíveis, que já inclusive migraram da área fabril para o escritório, como o Lean, que pode auxiliar na identificação de gargalos e onde estamos gastando tempo sem valor agregado. O agricultor também precisa disso na gestão do seu negócio para conseguir avaliar o resultado no fim do mês”, afirma Monica.
Monica foi facilitadora durante o LAB de Cocriação do Impulso Bayer Talks, um encontro online exclusivo, promovido pelo programa de relacionamento da Bayer.