Cuidados com a saúde ocular previnem a deficiência visual
Durante o “Abril Marrom”, saiba mais sobre diagnósticos e tratamentos de doenças como a degeneração macular relacionada à idade.
Qual seria a sensação de acordar e, ao abrir os olhos, ver imagens embaçadas e linhas tortuosas? Como você se sentiria? Perder a visão pode parecer uma hipótese remota para a maioria das pessoas. Porém, a cegueira é um risco real, podendo surgir como resultado de doenças oculares.
Além disso, as doenças oculares podem se desenvolver de maneira “silenciosa” ao longo da vida, manifestando sintomas apenas em estágios mais avançados. Por isso, é fundamental se informar sobre o tema, buscar atendimento oftalmológico para a realização de exames de rotina e ações preventivas.
Exames oftalmológicos podem diagnosticar problemas como a degeneração macular relacionada à idade (DMRI), doença crônica que pode levar à perda de visão. A DMRI atinge a mácula, estrutura localizada na área central da retina. Com o avanço da idade, os olhos passam por um processo natural de desgaste dos tecidos e a mácula pode ser prejudicada. Há dois tipos da doença. A DMRI “seca” ocorre por meio da formação de depósitos de gordura, chamados de drusas, sob a retina. Outra possibilidade é a DMRI “úmida”, provocada a partir do surgimento de vasos sanguíneos anormais que podem causar vazamentos de líquidos no local da mácula.
Como a degeneração macular se manifesta?
A suspeita geralmente surge quando há sensação de visão embaçada, com dificuldades para realizar tarefas do dia a dia, como ler, cozinhar e dirigir. O primeiro sintoma também pode ser a percepção de ondulações. “Algumas pessoas com DMRI ainda notam que linhas retas na paisagem, como os lados de edifícios ou postes, parecem tortas. Outros sinais incluem áreas de escotomas (sem visão dentro do campo de visão)”1, explicou Keila Monteiro de Carvalho, professora associada da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, em notícia do UOL.
Conforme a doença progride, o paciente passa a notar com clareza a formação de uma mancha, um ponto escuro bem no centro do campo de visão. Essa mancha então vai crescer no mesmo ritmo de desenvolvimento da doença, se não for tratada. Embora a DMRI ainda seja uma doença sem cura, existem tratamentos capazes de barrar o seu avanço. Por isso, é fundamental receber o diagnóstico o quanto antes, a fim de evitar danos irreversíveis na mácula. Leia também: Bayer colabora para a saúde ocular de idosos2.
De acordo com informações do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), estima-se que 30% da população com idade superior a 75 anos apresente a doença e a DMRI representa a principal causa de cegueira central irreversível em pessoas com mais de 50 anos nos países desenvolvidos. No Brasil, não há dados consolidados, mas o CBO estima que a DMRI tenha causado 4% dos casos de cegueira. Além disso, a previsão é que o Brasil terá 887.776 pacientes com DMRI em 20303.
Segundo informações do Ministério da Saúde, pacientes podem buscar atendimento pelo SUS para realizar exames como o mapeamento de retina, que auxilia na identificação da DMRI, e tomografia de coerência óptica, exame oftalmológico não invasivo para o diagnóstico da doença. Atualmente o tratamento da DMRI é realizado com injeções no vítreo e procedimento de fotocoagulação a laser4.
Prevenção de doenças oculares
No mês de abril, instituições como o Conselho Brasileiro de Oftalmologia promovem ações de conscientização e celebram o “Abril Marrom”, uma tradicional campanha de prevenção e combate à cegueira. O tema é de grande importância, porque, além da DMRI, várias outras doenças podem levar à perda da visão.
Problemas como glaucoma, catarata, retinopatia diabética e edema macular diabético (EMD) são preocupantes. As pessoas com diabetes devem ficar ainda mais atentas, pois o diabetes representa fator de risco para o desenvolvimento de complicações oculares. O uso de cigarro, a incidência de hipertensão, colesterol elevado e obesidade também são fatores que devem ser observados com cautela.
Uma pesquisa do IBOPE encomendada pela Bayer revelou que 41% das pessoas com diabetes consideram a perda de visão o maior medo da evolução da doença. Por outro lado, 54% dos pacientes com diabetes nunca ouviram falar sobre a retinopatia diabética, uma microcomplicação do diabetes causada pelo descontrole da glicemia no sangue, permitindo que o excesso de glicose danifique vasos sanguíneos na região da retina. A pesquisa5 demonstrou carência de informações sobre saúde ocular e a necessidade de conscientização sobre a prevenção da cegueira.
Tags: degeneração macular, dmri, mácula, saúde ocular, cegueira, deficiência visual.
Referências
2.https://www.bayer.com.br/pt/blog/bayer-colabora-para-a-saude-ocular-de-idosos
3.https://www.cbo.com.br/novo/publicacoes/condicoes_saude_ocular_brasil2019.pdf
PP-EYL-BR-0394-1