Fluxo menstrual não pode prejudicar o dia a dia da mulher
Perda excessiva de sangue por longos períodos e impactos na vida social representam condição menstrual que precisa ser tratada.
Ao redor dos 11 anos, toda menina se depara com a primeira menstruação, chamada de menarca, que surge como consequência natural de maturação sexual. Nessa fase, a jovem começa a se acostumar com essa “visita mensal”, que é algo inerente ao corpo feminino.
A mulher libera óvulos e o útero se prepara para receber um embrião, formando um revestimento interno chamado de endométrio. Quando o óvulo não é fecundado, ocorre uma descamação desse revestimento no interior do útero, o que gera a menstruação e sinaliza que a mulher não está grávida.
A menstruação é um processo natural que faz parte do ciclo reprodutivo. No entanto, quando a menstruação apresenta sintomas que impactam negativamente na rotina, isso se torna um sinal de alerta. É importante saber que nem toda menstruação é “normal”. O excesso de perda sanguínea e situações de desconforto prolongado podem indicar uma condição que ainda passa despercebida.
Entre a menarca e a menopausa (última menstruação), a mulher vai observar o ciclo menstrual por décadas, menstruando 400 a 5001 vezes durante a fase fértil ao longo da vida. Só que a aceitação do hábito fisiológico de menstruar não pode ser confundida com anormalidade. Existe uma condição chamada de Sangramento Uterino Anormal (SUA), que geralmente se manifesta com a perda excessiva de sangue.
O problema atinge cerca de 30% das mulheres em idade fértil em algum momento da sua vida, no entanto, ainda é uma situação negligenciada. Segundo estimativas, cerca de 59% das mulheres diagnosticadas com SUA não tinham consciência e 41% delas não sabiam que existe tratamento2. Para conscientizar sobre o tema, a Bayer colabora com a terceira edição do movimento SUA Não é Normal, idealizado pelas ONGs Instituto Plano de Menina e Associação Crônicos do Dia a Dia, e nessa edição, apresentado pela atriz Taís Araújo, que busca quebrar tabus sobre a menstruação.
Até dezembro de 2021, a iniciativa promoverá conteúdos em redes sociais e diversas ações com veículos de mídia e influenciadoras. Entre os diferenciais, a campanha oferece ferramentas para que a mulher possa monitorar o período menstrual, como um aplicativo que ajuda no entendimento do fluxo menstrual e auxilia também a estimar o volume de sangue da menstruação.
Conheça a terceira edição do movimento
A atriz Taís Araújo tem um recado para você! Saiba mais sobre o Sangramento Uterino Anormal.
O que não é normal?
Evitar sair de casa durante a menstruação, interromper a prática de atividades esportivas, ter preocupação com vazamentos e cólicas intensas são alguns exemplos dos impactos causados pelo SUA. “Isso pode afetar negativamente a qualidade de vida das mulheres, trazendo mudanças na vida sexual, profissional, física e emocional”3, afirmou Eduardo Zlotnik, ginecologista e obstetra do Hospital Israelita Albert Einstein, em comunicado no portal UOL.
A partir do momento em que a menstruação prejudica a saúde e a rotina social da mulher, há suspeita de SUA. “Mulheres que têm hiperfluxo podem ter anemia e problemas de circulação. Também pode atrapalhar a vida sexual e gerar infecções por causa dos absorventes”4, afirmou a ginecologista obstetra e mastologista Lívia Daia, em notícia da revista Galileu.
Além do volume excessivo de sangue durante a menstruação, outras questões podem preocupar. Se você perde pouco volume de sangue, mas menstrua duas vezes ao mês, esse também é um indicativo de que algo está errado. “O sangramento irregular pode ter implicações diferentes dependendo da idade, histórico médico e histórico familiar. Portanto, é importante procurar orientação profissional se isso é persistente, recorrente ou preocupante”5, orientou a ginecologista obstetra Alyssa Dweck, em notícia da revista IstoÉ.
Cada mulher deve buscar conhecer ao máximo o seu próprio corpo e identificar o padrão do ciclo menstrual, que geralmente varia entre 21 e 28 dias e a duração de fluxo, comum entre dois e oito dias. O autoconhecimento e acompanhamento adequado com um ginecologista permitem descobrir o que é a “menstruação normal” de cada mulher.
Além disso, muitas mulheres enfrentam períodos de irregularidade no fluxo menstrual ao longo da vida e somente um especialista poderá orientar sobre diagnóstico e tratamento. Os problemas na menstruação podem estar relacionados com outros fatores como o uso incorreto de pílula anticoncepcional, a existência de pólipos ou miomas uterinos, endometriose e infecções vaginais ou no colo do útero, por exemplo.
PP-MIR-BR-0662-1
Referências:
1. https://drauziovarella.uol.com.br/mulher-2/menarca-e-menopausa-artigo/
2. https://www.gineco.com.br/saude-feminina/materias-2/sangramento-uterino-anormal
3. https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2020/11/26/menstruacao-intensa-pode-ser-sangramento-uterino-anormal-e-pode-ser-tratado.html
4. https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2017/12/menstruacao-tudo-que-voce-precisa-saber-sobre-o-sangramento-feminino.html
5. https://istoe.com.br/12-razoes-que-podem-fazer-voce-menstruar-duas-vezes-no-mes/