Inovação aberta sem barreiras para profissionais do agro
Encurtando a distância entre a ciência e a inovação
Segundo o ranking do Índice de Inovação Global (GII 2019 – Cornell, INSEAD & WIPO) o Brasil ocupa a modesta 66ª colocação em inovação. Por outro lado, ocupamos a 32ª colocação em pesquisa e desenvolvimento. Isso significa que, apesar da ampla geração de conhecimento em ciência, há um grande leque de oportunidades de aproximação entre a academia e as empresas.

Quando assumi a função de liderar os temas de inovação aberta na Bayer (divisão agro), tive a preocupação de como eu poderia me preparar para me envolver nesse ecossistema. A cada contato com as pessoas do meio, novas palavras apareciam em meu vocabulário, como uma criança no primeiro dia de aula, mas desde o início me chamou a atenção o acolhimento e colaboração entre as pessoas.

INOVAÇÃO! Naturalmente, vem à mente novas tecnologias que geram valor a um determinado público, o que de fato acontece quando há pessoas engajadas com propósito focado em desafiar o status quo e que se integram um ambiente que proporciona novas experiências. Esse ecossistema de inovação vai muito além de um lugar despojado com pufes coloridos e pessoas descoladas. É movido, sim, pelas PESSOAS e a densidade de uma REDE com grande diversidade, a fim de COLABORAR e aprender.

Enfim, os principais fatores para ter sucesso na penetração no ecossistema depende da vontade genuína em buscar soluções neste meio, por meio da relação de confiança, estabelecer uma disciplina e governança consistente para organização dos trabalhos, e foco na implementação para assumir os compromissos. Assim, naturalmente, por meio da co-criação, ideias disruptivas se transformam em modelos de negócios de sucesso.
André Koji Fukugauti é formado em Agronomia na UNESP/Botucatu e tem MBA em Gestão Empresarial na FGV Management. Ingressou na Bayer em 2005 como Representante Técnico de Vendas em Mogi das Cruzes, passando pelas áreas de Planejamento Estratégico, Excelência Operacional, Marketing Estratégico e, hoje, lidera a prospecção, modelagem de inovação aberta e coordena um grupo de Ideação em São Paulo, como Gerente de Projetos no CEAT (Centro de Expertise em Agricultura Tropical).