O que o futuro nos reserva?
Estamos vivendo uma grande mudança organizacional.
Dentro das organizações, em qualquer natureza de mudança, um processo bastante estruturado é estabelecido. Este processo de mindset, determinado Gestão de Mudança, tem como principal objetivo liderar o lado humano de uma transformação, a fim de atingir um resultado de negócio desejado e principalmente de forma sustentável. Esse processo inicia-se no estabelecimento do que será o estado futuro almejado e na definição das principais soluções atreladas a ele. Após isso, vem o desenvolvimento de processos de engajamento e comunicação envolvendo liderança e colaboradores. Sendo assim, para qualquer processo de mudança, é preciso preparação.

Diferentemente de muitos movimentos externos que influenciam a transformação das organizações, como a transformação digital, os novos comportamentos dos consumidores ou as novas relações de trabalho vindas da atualização da CLT, a pandemia do coronavírus se trata de uma transformação completamente inusitada em sua velocidade. Sem um aviso prévio, ela chegou do dia para a noite, transformando rotinas e redefinindo em poucos dias as principais tendências do trabalho.
Falar de um momento como este não é só desafiador, como também bastante incerto. Aprender com as lições de outras crises e experiências de outros países suportam a construção de possíveis caminhos como organização. Conforme estudos importantes desta jornada de mudança, espera-se vivenciar 3 importantes fases:
-
Movimento inicial de rápida resposta ao contexto de crise, garantindo saúde, segurança aos colaboradores, mas também recursos essenciais para a continuidade do negócio.
-
A segunda etapa com um olhar de mais médio prazo para a crise, com foco na criação de planos de retorno aos ambientes de trabalho, porém ainda adaptados.
-
E a terceira e última fase se dá ao olhar de mudança para suportar uma nova realidade. A expectava nesta fase será definir estratégias de renovação de longo prazo e escalonamento de aprendizados vividos, influenciando, assim, novas competências e novas relações de trabalho.
Passarmos por este momento nos transformando nas esferas pessoal e profissional é o que nos levará para um maior crescimento como indivíduos; possuidores de novas competências como resiliência, colaboração e digitalização. Contudo, o desafio é certo para todos: estamos vivendo uma grande mudança. Por este motivo, é preciso refletir o quanto estamos preparados para o futuro e qual a velocidade deste aprendizado – buscando desaprender e reaprender de uma nova forma.
Camila Giannetti é administradora de formação, com 12 anos de experiência em RH, responsável hoje pela área de Change Management Corporativa da Bayer.