Setembro Dourado - Oncologia de precisão melhora o tratamento de crianças com câncer
Com o diagnóstico em estágio inicial da doença e tratamentos cada vez mais personalizados, as taxas de cura do câncer em crianças e adolescentes podem ser superiores a 70%.
O câncer é uma doença desafiadora que pode acometer qualquer pessoa, em qualquer fase da vida. As possibilidades de tratamento geralmente impactam na rotina do paciente e trazem incertezas que preocupam a família.
Quando se trata de um paciente que ainda é uma criança ou um adolescente, o caso se torna ainda mais sensível. Além de abalar emocionalmente os envolvidos, a doença pode causar resultados desconfortáveis durante o tratamento, como queda de cabelo e outros efeitos colaterais. Leia mais no blog da Bayer - Câncer infantil: impactos e necessidades para vencer a doença.
No entanto, uma diferença entre os adultos e os jovens menores de 18 anos é que eles geralmente não apresentam comorbidades e problemas que desencadeiam o câncer ao longo da vida . A doença não tem uma causa prévia aparente, então é preciso observar o estado geral de saúde da criança ou do adolescente, o histórico familiar e a presença de doenças genéticas.
O câncer infantojuvenil tem maior incidência em células do sistema sanguíneo, sistema nervoso e tecidos de sustentação. De acordo com o oncologista pediátrico Flávio Luisi, a leucemia lidera as ocorrências de câncer em crianças e adolescentes, surgindo de forma abrupta com sintomas como uma dor articular e febre persistente de origem indeterminada.
O segundo câncer mais frequente se manifesta com tumores cerebrais, podendo provocar náuseas, vômitos, irritabilidade e prejudicar o desenvolvimento neuropsicomotor. A terceira neoplasia mais comum é o câncer no sistema linfático, chamado de linfoma, gerando gânglios que podem crescer em diferentes regiões do corpo.
Os pais precisam ficar atentos, pois pode haver dificuldades para diagnosticar o câncer infantojuvenil. "Nas crianças, nós não temos rastreios, então nós dependemos muito da observação", afirmou Luisi em entrevista ao Estadão. "Muitos desses sinais e sintomas mimetizam doenças comuns da infância. Por exemplo, é comum as crianças terem febre. Só que a febre que tem que chamar a atenção é aquela que dura semanas. E quando a gente fala de náuseas, vômitos – sintomas que uma virose também pode provocar - nós não vamos ficar pensando que é câncer. Mas se persistirem e começam a ter maior intensidade, isso deve chamar a atenção."2
Setembro Dourado
No mês de setembro, entidades promovem muitas ações de conscientização sobre o câncer infantojuvenil e a importância do diagnóstico precoce, desenvolvendo a campanha "Setembro Dourado". De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer já representa a primeira causa de morte por doença entre crianças e adolescentes, com 8% do total de óbitos no Brasil.3
De acordo com oncologista pediátrico Antonio Sergio Petrilli, um dos fundadores do GRAACC, que é uma instituição especializada no tratamento do câncer infantil, a ciência evoluiu, e trouxe avanços para o uso de medicamentos e equipamentos voltados para a radioterapia, ressonância magnética, entre outros recursos.
Desse modo, embora o câncer seja grave, há altas chances de cura da doença com o diagnóstico precoce. "Conseguimos imprimir uma nova perspectiva na vida de crianças e adolescentes com câncer. A oncologia pediátrica evoluiu substancialmente nas últimas décadas. Tomemos como exemplo os índices de 40% de cura registrados na cidade de São Paulo, nos anos 1990, para os atuais 70% alcançados pelo Hospital do GRAACC, desde que a doença seja detectada em estágio inicial" , afirmou Petrilli em artigo da revista Veja Saúde, publicado em colaboração com a geneticista Silvia Toledo.
Medicina de precisão
Entre as novidades que mais trazem esperanças para o combate ao câncer, está a chamada "medicina de precisão", que significa uma nova perspectiva de soluções focadas nas características genéticas de cada tumor. Desse modo, a tendência é que o tratamento oncológico se torne cada vez mais personalizado e eficaz, agindo de acordo com o caso clínico específico de cada paciente.5
A Bayer está na vanguarda da medicina de precisão, investindo continuamente no desenvolvimento de novas tecnologias oncológicas. Um exemplo disso é o medicamento Vitrakvi® (larotrectinibe), eficaz no combate aos tumores que apresentam a fusão de gene NTRK6. Leia mais: Oncologia de precisão moderniza o combate ao câncer.
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Referências:
1. https://www.bayer.com.br/pt/blog/cancer-infantil-impactos-e-necessidades-para-vencer-a-doenca
2. https://emais.estadao.com.br/blogs/ser-mae/sintomas-de-cancer-infantojuvenil-podem-ser-confundidos-com-os-de-outras-doencas/
3. https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-infantojuvenil
4. https://saude.abril.com.br/blog/com-a-palavra/os-progressos-no-tratamento-do-cancer-infantojuvenil/
5. https://www.bayer.com.br/pt/blog/oncologia-de-precisao-moderniza-o-combate-ao-cancer
6. https://www.bayer.com.br/pt/midia/nice-aprova-inclusao-do-primeiro-medicamento-agnostico-que-trata-diferentes-tipos-de-cancer?codNoticia=nice-aprova-inclusao-do-primeiro-medicamento-agnostico-que-trata-diferentes-tipos-de-cancer-em-adultos-e-criancas-no-sistema-publico-de-saude-ingles