SAÚDE

Setembro Verde conscientiza sobre o câncer de intestino

Saiba quais são os fatores de risco mais associados ao desenvolvimento da doença, e os cuidados para a prevenção e a detecção precoce do câncer colorretal.

O diagnóstico de um câncer em estágio inicial facilita o tratamento e eleva as chances de cura. Essa máxima vale especialmente para os casos de câncer no intestino grosso, doença muito preocupante, porque é capaz de se desenvolver de forma “silenciosa” durante muitos anos e, quando o paciente se dá conta do problema, pode ser tarde demais. Por isso, é importante conhecer os fatores de risco para a doença e investir principalmente em prevenção.

 

Setembro Verde conscientiza sobre o câncer de intestino

 

O câncer de intestino grosso pode afetar o cólon, que representa a maior parte do intestino grosso, com extensão de cerca de 1,5 metro, ou afetar o reto, região final do órgão, já nas proximidades do ânus. Por essa razão, a doença é chamada de câncer de cólon e reto ou de câncer colorretal. 

 

Com o intuito de orientar a população sobre os sintomas e cuidados para evitar o câncer colorretal, é realizada anualmente a campanha Setembro Verde, por inciativa da Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP). Além de apoiar a campanha, a Bayer desenvolve pesquisas e soluções inovadoras que colaboram para o avanço da oncologia.

 

O câncer colorretal é o terceiro tipo de câncer mais frequente em homens e mulheres. De acordo com previsões do Instituto Nacional de Câncer (Inca) para o triênio 2020-2022, estima-se mais de 41 mil novos casos de câncer de cólon e reto anualmente . No entanto, embora seja comum e muito curável em estágio inicial, há muita desinformação sobre esse tipo de câncer, o que dificulta o enfrentamento à doença.

 

De acordo com uma pesquisa da Bayer em parceria com a consultoria IQVIA, 40% da população não costuma ir ao médico e fazer exames de rotina para prevenir doenças crônicas. Além disso, 73% dos pacientes têm como principal fonte de informações as pesquisas na internet e redes sociais. O estudo da Bayer contou com 401 pessoas entrevistadas e 80 médicos oncologistas ouvidos durante a pesquisa.

 

“Para garantir que a doença seja detectada precocemente, o mais importante é que as pessoas fiquem atentas às mudanças em suas rotinas intestinais e que se consultem com médicos regularmente, deixando todos os exames em dia. É a melhor forma para ajudar no diagnóstico das doenças silenciosas”, afirmou em comunicado da Bayer a Dra. Renata D'Alpino Peixoto, Oncologista Clínica Especialista em Tumores Gastrointestinais e Neuroendócrinos, do Centro Paulista de Oncologia.

 

Câncer no intestino grosso

O câncer colorretal tem origem a partir de lesões nas paredes intestinais, chamadas de “pólipos”, estruturas que aparentam pequenas "bolinhas" ou "cogumelos". Existem os pólipos benignos, chamados de hiperplásicos, que podem ser removidos sem causar complicações ao paciente. Por outro lado, há a possibilidade de surgimento de pólipo adenomatoso, que é o tipo que cresce com células malignas, originando então o temível câncer colorretal.

 

A doença provoca sintomas como alteração na forma das fezes, presença de sangue nas fezes, ocorrência de diarreia e prisão de ventre de forma persistente ou alternada. O paciente também pode sentir desconforto ou dor abdominal, ter anemia, fraqueza, perder peso sem causa aparente e apresentar tumoração abdominal2.

 

Segundo a pesquisa da Bayer em parceria com a IQVIA, os sintomas mais comuns relatados pelos pacientes com câncer colorretal foram: sensação de estufamento (54%); diarreia (51%); prisão de ventre (45%); e sensação de não esvaziamento total ao defecar (28%).

 

Fatores de risco e cuidados

Entre os fatores de risco relacionados ao desenvolvimento de câncer colorretal, os principais são a alimentação inadequada, excesso de peso, tabagismo, consumo excessivo de carne vermelha e de carnes processadas, doenças inflamatórias no intestino, predisposição genética e idade superior a 50 anos3.

 

Para prevenir o câncer de intestino, as pessoas com mais de 50 anos e aqueles que apresentam histórico da doença na família são os que devem ficar mais atentos. Pelo menos uma vez ao ano, é importante realizar exame para averiguar se há sangue oculto nas fezes. O médico também pode recomendar a realização de um exame de rastreamento, chamado de colonoscopia.

 

Para tal, o paciente precisa preparar o intestino para o exame, de modo que o órgão fique "limpo". O paciente é sedado, e o exame consiste na inserção de um colonoscópio, um tubo fino e flexível com uma câmera na ponta, que é introduzido no ânus e movimentado pelo reto e cólon para identificar a presença de pólipos nas paredes do intestino4.

 

A grande vantagem é que esse exame também funciona como um tratamento porque, além de diagnosticar a presença do pólipo, durante o exame o colonoscópio pode ser utilizado para já remover os pólipos encontrados no intestino, independentemente de suas características.

 

Após a colonoscopia, os pólipos removidos durante o procedimento podem ser avaliados em laboratório por um patologista, especialista que poderá descobrir se o pólipo é benigno ou maligno. No entanto, a depender do tamanho, da localização e da extensão do tumor, podem ser necessários outros tratamentos, como cirurgias, radioterapia, quimioterapia ou até mesmo terapias orais, baseadas em medicamentos modernos que combatem o câncer conforme suas características genéticas.

 

PP-STI-BR-0294-1

 

Referências:

1. https://www.inca.gov.br/publicacoes/livros/estimativa-2020-incidencia-de-cancer-no-brasil
2. http://www.oncoguia.org.br/conteudo/fique-atento-aos-sinais-do-corpo-que-podem-indicar-o-cancer-do-intestino/12593/7/
3. https://bvsms.saude.gov.br/cancer-de-intestino/
4. https://saude.abril.com.br/medicina/exame-de-colonoscopia-como-e-feito-e-para-que-serve/

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