MUNDO AGRO

Sucessão familiar perpetua a paixão pelo campo

Conheça a história da produtora Carla Rossato, que assumiu os negócios do pai e se destacou em gestão, sendo campeã no Prêmio Mulheres do Agro.

Desde a infância, Carla Sanches Rossato amava ir para a fazenda da família agropecuarista. Era o seu local favorito para brincar e passar as férias escolares. Essa paixão pelo campo continuou forte durante a faculdade, quando ela cursou medicina veterinária e, então, decidiu que sua carreira seria trilhar os mesmos passos do pai. “Eu sempre procurava acompanhar o meu pai, e os meus pais sempre me apoiaram bastante”, conta ela.

Uma família de quatro pessoas está sentada em uma colina gramada, observando pássaros voando no céu do pôr do sol sobre uma paisagem rural com um silo de grãos ao longe.

 

No início dos anos 2000, ela teve a carteira de trabalho registrada pelo pai e iniciou oficialmente a sua carreira na fazenda da família, como gerente contratada. Recebia salário e comissão de acordo com os lotes de gado comercializados, levando uma rotina igual às dos outros funcionários da fazenda. “Sempre me cobrei e trabalhei muito. O meu pai sempre me tratou igual aos outros”, conta.

 

Ela não tinha privilégios por ser a filha do dono da fazenda, mas se sentia valorizada em seu trabalho, e gradativamente conquistou bons resultados e o respeito de todos. “Aos poucos, fui tomando a frente do negócio. Meu pai foi vendo como as coisas estavam caminhando e funcionando. Aos poucos, ele foi ficando tranquilo para descansar cada vez mais e aproveitar a vida”, conta.

 

O processo de sucessão familiar ocorreu de forma tão natural que a família nem chegou a criar um projeto. Simplesmente o pai passou a delegar novas tarefas para a filha e, há mais de 10 anos, Carla assumiu de vez as operações da fazenda. “A sucessão familiar foi espontânea. Foi uma opção minha, e não uma obrigação. O meu pai é presente, ele está com 74 anos, e hoje é ele quem acaba me acompanhando”, conta ela.

 

Atualmente, aos 43 anos, Carla é a administradora geral do negócio agrícola da família, cultivando soja e milho na região de Sertaneja e Santa Mariana (PR). Os pais e as duas irmãs de Carla aprovam a sua gestão, o negócio prosperou e encantou outros entes familiares, como o marido de Carla, o cunhado e o sobrinho, que também trabalham na fazenda. “Eu administro as nossas propriedades como uma empresa e não deixo o meu pai de fora, ele acompanha tudo”, conta ela.

 

Por sua gestão competente, Carla se destacou e foi vencedora do Prêmio Mulheres do Agro em 2019, ocupando o 1° lugar da categoria “grande propriedade”. A terceira edição do prêmio está com inscrições abertas até o dia 15 de setembro de 2020, no site www.premiomulheresdoagro.com.br. Carla terá participação especial no concurso, sendo uma das embaixadoras que vai estimular outras mulheres a contar suas histórias e disseminar boas práticas, por meio da participação no prêmio. “Hoje eu vejo a importância de levar conhecimento e apoiar outros produtores. A troca de informações nos ajuda a evoluir muito”, diz ela.

 

A paixão pelo campo e a comunicação transparente permitiram que o pai de Carla deixasse a filha assumir as operações da fazenda de forma bem natural. No entanto, muitas famílias podem enfrentar dificuldades na sucessão familiar. Por isso, esse processo não deve ocorrer somente quando o produtor se aposentar ou falecer. A saída imediata do criador do negócio pode desestabilizar as atividades.

 

O planejamento sucessório evita um dos principais temores dos pais: que algum herdeiro possa dividir ou vender as terras após o seu falecimento. A sucessão permite que o produtor possa planejar o futuro da fazenda, com o objetivo de que o negócio fique vivo para as próximas gerações. Esse planejamento engloba basicamente a estruturação e a organização da sociedade familiar, definindo papéis e funções de cada herdeiro, para realizar uma transição tranquila.

 

O ideal é que o produtor conte com ajuda especializada para planejar a sucessão familiar. Uma consultoria pode diagnosticar a situação da fazenda e criar um projeto sucessório, estabelecendo contratos, acordos societários e protocolos familiares, por exemplo. Essa organização pode auxiliar até mesmo os produtores que já contam com a ajuda dos filhos e netos nas atividades da fazenda, trazendo mais transparência e equilíbrio para as relações familiares e profissionais.

 

Os produtores que desejam investir em sucessão familiar podem contar com a ajuda da Bayer, por meio do programa de relacionamento da empresa, que permite o acúmulo de pontos na plataforma Orbia. Os clientes Bayer podem resgatar serviços de sucessão familiar oferecidos por consultorias parceiras da Orbia. Conheça as ofertas disponíveis no site www.orbia.ag.

4 min read