São Paulo, setembro de 2024 – No dia 26 de setembro é celebrado o Dia Mundial da Contracepção, um momento para a sociedade e as empresas debaterem sobre políticas públicas e acesso, além de fatores comportamentais como a liberdade de escolha e o planejamento familiar, pontos tão fundamentais para a saúde e dignidade das pessoas com útero. Segundo uma pesquisa conduzida pelo Ipec, realizada pela Bayer em parceria com a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), o índice de gravidez não planejada no Brasil ainda é alarmante: 62% das mil brasileiras entrevistadas que já engravidaram no país tiveram, pelo menos, uma gestação não planejada (quase 2/3). Destas, 54% não usavam nenhum método contraceptivo, enquanto 46% utilizavam - sendo os principais motivos que levaram à gravidez não planejada nestes casos foram a falha do método (27%) e uso de maneira incorreta (20%).
Essa mesma pesquisa também revelou que 68% das mulheres iniciaram a vida sexual na adolescência (até os 18 anos), e que 66% não haviam ido ginecologista antes da primeira relação - o que pode contribuir com a desinformação e, consequentemente, com uma gravidez não planejada nesta fase, trazendo um grande impacto em sua vida, tanto no aspecto social quanto econômico. Com isso em vista, a data se faz também um momento oportuno para ampliar a conscientização sobre métodos contraceptivos e as diversas opções disponíveis. Dentre elas, o DIU hormonal se destaca como uma escolha de longo prazo altamente eficaz - sua chance de falha é de menos de 2 em 1.000 usuárias¹. Uma vez bem colocado, ele terá sua eficácia preservada.
Mas, você sabia que seus benefícios vão muito além da contracepção? O DIU hormonal contribui significativamente com a saúde e o bem-estar em diferentes fases, desde o início da idade reprodutiva até a menopausa, melhorando outros aspectos que também oferecem grande impacto à qualidade de vida. A ginecologista Dra. Milena Bastos Brito, membro da Comissão Nacional Especializada de Anticoncepção da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, esclareceu e destacou algumas das principais indicações para problemas de saúde das pessoas com útero. Confira:
Controle do Sangramento Uterino Anormal
De acordo com um outro estudo nacional do Ipec com internautas, encomendado no último ano pela divisão farmacêutica da Bayer, mais de 80% das brasileiras consideram que seu fluxo menstrual impacta negativamente sua rotina, sendo que 31% delas afirmaram que impacta muito.
“Toda perda sanguínea menstrual que compromete a saúde física, mental, social, sexual e até mesmo material2, acompanhada muitas vezes de desconforto, fraqueza, mal-estar ou taquicardia, é chamada de Sangramento Uterino Anormal (SUA), condição que pode afetar 1 em cada 3 mulheres em algum momento de suas vidas. Apesar de ainda ser subdiagnosticado, o SUA é relatado em 18% a 30% das consultas ginecológicas, e normalmente ocorre nos extremos de idade, durante a adolescência e/ou perimenopausa.3,4”, alerta a médica.
O uso do DIU hormonal por mulheres em idade reprodutiva pode oferecer a prevenção deste distúrbio, assim como ser uma ferramenta importante em seu tratamento. “O dispositivo intrauterino liberador de levonorgestrel (DIU-LNG) está associado à diminuição significativa do sangramento uterino pela intensa supressão do endométrio5,6, e é uma opção recomendada para o tratamento do SUA, tanto em pessoas com volume normal de útero, como nas de útero com volume discretamente aumentado 1,7,8”, explica a médica.
Benefícios do DIU hormonal durante a transição menopausal
Segundo a North American Menopause Society (NAMS), o período de transição menopausal é o intervalo do início das alterações menstruais até um ano de cessação do ciclo menstrual, podendo durar até 6 meses. Nessa fase, as anovulações (condição em que não ocorre a ovulação, ou seja, o ovário não libera um óvulo durante o ciclo menstrual) são frequentes, aumentando a propensão de sangramento uterino anormal (SUA) ou menstruação excessiva, o que pode trazer grande impacto na qualidade de vida.9
“O hormônio levonorgestrel, liberado continuamente por meio do dispositivo intrauterino (20 µg/dia), é uma medida efetiva para prevenir o SUA, pois torna as menstruações menos volumosas e frequentes, podendo reduzir também as cólicas10”, afirma a médica.
Outro ponto de atenção para mulheres na transição menopausal é que, apesar de terem baixa fertilidade, elas ainda apresentam taxas de gestações não planejadas similares às das mais jovens: 48% em mulheres acima dos 40 anos versus 41% em mulheres entre 25 e 29 anos.11,12
“Além do controle da irregularidade menstrual, essa fase de transição também necessita do manejo da contracepção até que a menopausa seja alcançada9”, enfatiza Dra. Milena.
Proteção endometrial na menopausa
Durante a fase de transição da menopausa, os sintomas vasomotores - as famosas ondas de calor -, são relatados por até 80% das mulheres. Eles podem afetar negativamente o sono, o humor e a qualidade de vida, e são a principal queixa na procura por atendimento médico durante essa fase específica da vida da mulher. Para o alívio desses sintomas, a terapia hormonal (TH) continua sendo o principal padrão de tratamento recomendado, visto que diminui 75% dos episódios de ondas de calor, além de reduzir a sua intensidade. 13
“Notou-se que a taxa de hiperplasia endometrial (o aumento do número de células do endométrio), quando feita somente a terapia estrogênica, chega a 20%.14 Por isso, para mulheres com útero intacto, a adição do progestagênio é obrigatória para a proteção endometrial, contrabalançando os efeitos proliferativos do estrogênio e diminuindo, dessa forma, os riscos de hiperplasia e câncer endometrial.14”, alerta a médica.
Nesse caso, o uso o DIU hormonal de 52mg é uma opção efetiva para mulheres que fazem uso de estrogênio para tratar os sintomas vasomotores da menopausa. “Ao liberar o levonorgestrel dentro da cavidade uterina, e ter ação predominantemente local no endométrio, o DIU promove oposição ao estímulo estrogênico, evitando efeitos progestagênicos sistêmicos indesejados.16”, finaliza.
Referências
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